Devasena Gnanashanmugam, M.D., V.P. Assuntos Clínicos5

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11 de março de 2025

SAÚDE COMUNITÁRIA E GLOBAL

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Devasena Gnanashanmugam, M.D., V.P. Assuntos Clínicos, aborda o Programa de Acesso Global da Cepheid

Ao vivo a partir da Conferência Mundial da União sobre Saúde Pulmonar 2024 em Bali, Indonésia, a Vice-Presidente de Assuntos Médicos da Cepheid, Devasena Gnanashanmugam, explica como o Programa de Acesso Global da empresa está a combater doenças como a TB para permitir testes de diagnóstico molecular em todo o lado.

 

Gnanashanmugam explica que o programa foi fundado em 2011 com a visão de acesso equitativo a novos diagnósticos moleculares revolucionários. Hoje, o Programa de Acesso Global da Cepheid chega a todos os cantos do mundo afetados por doenças mortais, tais como a tuberculose (TB), o VIH e o ébola.

 

Transcritos

Orador 1: Bem, a seguir vamos aprender como o Programa de Acesso Global da Cepheid está a combater doenças como a TB com o objetivo de permitir testes de diagnóstico molecular em todo o lado. E contamos com a presença da Vice-Presidente para os Assuntos Médicos, Devasena Gnanashanmugam. É bom tê-la connosco, Devasena. Muito obrigado por se juntar a nós.

 

Devasena Gnanashanmugam: Obrigada pelo convite.

 

Orador 1: Adorava saber um pouco mais sobre a sua história. E sei que vem da área pediátrica da saúde e também é médica infeciologista, que é uma especialidade bastante complexa.

 

Devasena Gnanashanmugam: Sim, sim. Tem razão. Formei-me como especialista em doenças infeciosas pediátricas e, logo após ter concluído a minha formação, ingressei na área da investigação. Antes de me juntar à Cepheid, estava nos Institutos Nacionais de Saúde nos Estados Unidos. E foi aí que cresceu a minha paixão pela tuberculose e pelo VIH, e especificamente por satisfazer as necessidades das crianças, como uma extensão da minha formação.

 

Orador 1: E porque é que veio para a Cepheid? O que é que a atraiu na empresa?

 

Devasena Gnanashanmugam: Como já mencionei, enquanto trabalhei nos NIH (National Institutes of Health, Institutos Nacionais de Saúde) aprendi muito sobre a Cepheid e o seu produto para diagnosticar TB. Já tinha assim um conhecimento razoável sobre a tuberculose e sobre o que a Cepheid estava a fazer nesta área antes de vir para a empresa. Tratava-se de todo o trabalho que estavam a fazer com foco no diagnóstico e na melhoria do diagnóstico para países de baixo e médio rendimento. Isto tem sido a minha paixão há já muito tempo. Frequentei a escola de medicina na Índia, tendo visto em primeira mão o quão devastadora é a doença para a população em geral.

 

Orador 1: E relativamente ao Programa de Acesso Global da empresa, o que é exatamente e porquê e quando começou realmente?

 

Devasena Gnanashanmugam: Já existe desde 2010 e realmente começou a permitir que mais pessoas tivessem acesso aos nossos produtos. É um programa que se centra na equidade e em permitir que as populações com menos recursos tenham acesso a estes produtos que salvam vidas. Tem sido uma parte fundamental do trabalho de saúde global da Cepheid.

 

Orador 1: E só em termos de objetivos, como faz o seu trabalho? Quem é elegível para o mesmo?

 

Devasena Gnanashanmugam: Praticamente qualquer país que seja considerado um país de elevado impacto e que seja financiado e tenha algum financiamento parcial do Fundo Global é membro e pode ser elegível para o programa. E para ser honesta, não existe uma regra muito rigorosa sobre quem é elegível e quem não é. Por exemplo, pode ser um cliente que esteja mais interessado nos nossos produtos para HIV e ainda assim ser considerado elegível para o programa. Não se restringe apenas à TB.

 

Orador 1: E como é o trabalho de hoje na área da TB no âmbito do Programa de Acesso Global?

 

Devasena Gnanashanmugam: É, uma vez mais, muito amplo. Temos muitos membros no programa, e o ponto que acho que é central é que o programa está realmente focado em chegar às pessoas que mais precisam dos nossos produtos, em descobrir os seus desafios e obstáculos e em ajudar a geri-los desde o nível do cliente até ao nível do ministério.

 

Orador 1: Muitas pessoas falam em priorizar os países de baixo e médio rendimento. Como é que a empresa está a pensar em resolver os desafios da TB em colaboração com outras prioridades de doença nestes países de baixo e médio rendimento?

 

Devasena Gnanashanmugam: Portanto, trata-se realmente dessa colaboração. Por exemplo, como mencionei, também temos produtos para o VIH. Trata-se realmente de descobrir como podemos ter uma plataforma que permita o diagnóstico de múltiplas doenças num único instrumento. Sabe de onde vêm as pessoas para receber cuidados? Porque, como pode imaginar, se é uma pessoa que não está bem, não está necessariamente a pensar: “Bem, eu sei que preciso de ir a este programa de TB ou a este programa de VIH”. Quer ir a um local onde possa obter cuidados abrangentes. E é aqui que estamos realmente a tentar fazer muito mais trabalho e a permitir que as pessoas obtenham diagnósticos de várias doenças num único local.

 

Orador 1: Penso que seria óptimo se pudesse partilhar connosco alguns exemplos em relação ao Programa de Acesso Global que, na sua opinião, estejam a ter um impacto real nas metas globais de saúde pública.

 

Devasena Gnanashanmugam: Claro. Como as pessoas sabem muito bem, temos o programa de TB que existe há muitos anos, e esse é um programa que permitiu o acesso de diagnóstico de TB a tantas regiões do mundo. Além disso, também trabalhámos com alguns investigadores que trabalharam na avaliação do nosso produto para diagnóstico precoce infantil, como o programa Baby Cure na África do Sul. Isto permitiu que um grande número de bebés fosse identificado com infecção por HIV muito cedo.

 

Outro exemplo do nosso trabalho é com a resposta ao ébola. Tínhamos um produto que protegia as pessoas em risco de contrair o Ébola quando o surto era bastante grave na RDC e noutros países. A Cepheid tentou realmente focar-se nas necessidades de países de baixo e médio rendimento à medida que estas surgem, e isso tem sido fundamental para o Programa de Acesso Global.

 

Orador 1: E o que é que a torna otimista, ou está optimista relativamente à luta global contra a TB para erradicar a doença até 2030? E, obviamente, a pandemia global desviou um pouco o rumo das coisas, não é?

 

Devasena Gnanashanmugam: Sim, de facto, é isso. Estou otimista. O que estamos a ver agora é um número muito maior de intervenientes na área e muitas pessoas com ideias inovadoras que estão verdadeiramente a impulsionar o setor. Nos últimos anos, temos assistido a uma aceleração real na disponibilidade de medicamentos e diagnósticos às pessoas. Vejo uma mudança real em relação ao que era o campo 15, há 20 anos. Se continuarmos a este ritmo, penso que vamos conseguir ainda muito mais.

 

Orador 1: Devasena, é um prazer enorme tê-la aqui no Union Live. Obrigado pelo seu tempo.

 

Devasena Gnanashanmugam: Obrigada pelo convite.

 

Orador 1:

Obrigada.

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